O Padre Saksida e a Cidade Dom Bosco

A União dos Eslovenos no Brasil pede a todos que ajudem a compartilhar a obra do Padre Saksida e a ajudar através de contribuições na conta bancária do projeto “Cidade Dom Bosco” no Banco do Brasil – ag 014 c/c 5921-8.

Descubra mais sobre a obra em:

http://www.cidadedombosco.org.br/

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E leia mais sobre o Padre Ernesto Saksida:

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Ernesto Saksida nasceu em Dornberk, Gorízia, na Eslovênia no dia 15 de outubro de 1919, filho de Josef Saksida e Katerine Vodopivec. Chegou ao Brasil como missionário salesiano aos 16 anos, em setembro de 1935. No país, continuou os estudos e foi ordenado sacerdote.

Foi enviado para Corumbá, onde entrou em contato com as famílias pobres da região e conheceu de perto a realidade local. Percebeu que havia um enorme contraste sócio-econômico entre ricos e pobres.

Tratou de oferecer opções às famílias mais carentes que tinham problemas com a prostituição, o consumo e tráfico de drogas e outras situações que afrontavam a dignidade humana.

Fundou a Cidade Dom Bosco, complexo missionário de atendimento à pobreza, através de escola, assistência social, reforço educacional, formação profissional, atendimento à saúde, ações de cidadania e religião.

Muitas das iniciativas, projetos e obras estão presentes até hoje. Entre elas podemos citar:

– A Adoção à Distância, que até hoje atende centenas de crianças afilhadas que recebem carinho das “madrinhas” do exterior
– O Patrocine uma Criança, onde brasileiros fazem aquilo que os estrangeiros no Adoção à Distância. E esse fato impulsionou o padre a empreender um novo projeto denominado Comissão Pró-Erradicação da Pobreza
– A Escola Profissional Alexandre de Castro
– A Escola Estadual de 1º Grau
– A criação do 2º Grau na Escola Dom Bosco com a ajuda da Associação de Pais e Mestres
– A Escola Agrícola Dom Bosco, erguida às margens do rio Paraguai que abrigava crianças da localidade para a aprendizagem da colheita de alimentos e criação de animais
– A escola ganhou o Laboratório de Eletricidade onde seria ministrado o curso de auxiliar técnico na área
– A Escola de Ballet
– Aulas de datilografia na Cidade Dom Bosco, em convênio com o Senac
– Cursos como o de Arte e Culinária, em parceria com o Sesi
– A contratação de vários meninos para atuarem como office-boys nos Correios
– A Casa do Pequeno Trabalhador onde meninos de rua se transformaram em jornaleiros, engraxates, patrulheiros e vendedores ambulantes; e tiveram o ensino de confecção de sapatos em couro
– O Clube das Mães onde eram oferecidos cursos de corte e costura, culinária e produção de leite
– O projeto Adolescentes Aprendizes que abrigava em indústrias e empresas da cidade jovens entre 16 e 17 anos
– A Tipografia Dom Bosco
– Os Vigilantes Mirins, que tinham como função zelar pela limpeza da cidade
– A Associação dos Ex-alunos de Dom Bosco
– A Campanha Sino da Caridade realizada até os dias atuais durante a época de Natal, para arrecadar alimentos às famílias necessitadas
– A Central Social que se propunha, através de um planejamento participativo, aplicar as verbas e colaborações recebidas
– A primeira Capela e o Salão de Jogos
– Fundou a primeira associação de moradores de bairro no recém-formado estado de Mato Grosso do Sul: a Associação de Moradores e Amigos do Bairro Dom Bosco
– O Centro Padre Ernesto de Promoção Humana e Ambiental (CENPER)
– O Centro Recreativo Dom Bosco
– O Cine Teatro Dom Bosco
– O Clube de Amigos do Padre Ernesto
– O Clube Jovem
– O Clubinho da Amizade
– O Conselho dos Professores
– O Grêmio Artístico Dom Bosco
– O Grêmio Educativo
– O Posto Médico Dom Bosco
– O prédio do Projeto Criança Feliz
– O Projeto Pequeno Herói e Pequeno Herói Pantaneiro
– Os Canarinhos de Dom Bosco, coral composto por crianças

Desta forma, o trabalho desse sacerdote salesiano continua até hoje promovendo o bem na sociedade, em especial entre as crianças, adolescentes e jovens mais pobres.

A história da Cidade Dom Bosco está profundamente ligada ao padre Ernesto Saksida, que foi o fundador e deu sustentação a todas as iniciativas desta “cidade”.

Em 1958 padre Ernesto passou a reunir e organizar os meninos que andavam pelas ruas de Corumbá. Fundou a “Escola Profissional Alexandre de Castro”, que funcionava num pequeno barracão, na periferia da cidade. A escola recebia meninos e meninas pobres, com a finalidade de oferecer formação profissional, para a inserção no trabalho, superando a situação de miséria.

Pouco depois, a pequena escola converteu-se num internato para recolher os meninos de rua que não tinham família ou viviam abandonados, expostos à marginalidade, prostituição e criminalidade. Logo o barracão ficou pequeno. Ainda nesse período, em convênio com a Prefeitura, implantou-se um Centro de Saúde para atender adultos, meninas e meninos pobres.

Após percorrer diversas cidades do Brasil em busca de recursos, conseguiu apoio no exterior. E dessa forma, foi possível continuar a atender aos que procuravam a obra. Aos poucos, vários bem-feitores formaram uma rede de apoio financeiro como a Operação Mato Grosso, entidade italiana ligada aos salesianos, que construiu uma grande escola de alvenaria.

A partir deste momento, a obra começou a se chamar “Cidade Dom Bosco”. Os jovens escolhiam o seu Prefeito e se organizavam em departamentos como numa autêntica cidade.

Recebeu o nome de “Escola – Comunidade”, por oferecer uma educação integral, com aulas e também outras atividades extraclasses e extra-escolares como: banda marcial, teatro, shows, palestras educativas, campanhas de cidadania, envolvendo as famílias e a comunidade toda.

Envolveu-se com movimentos associativos (Escoteiros, Bandeirantes, Vigilantes Mirins, Engraxates, Vendedores ambulantes, Patrulheiros Mirins, e outros). Visando proteger da rua e seus perigos, foi inaugurada a Casa do Pequeno Trabalhador. Foi uma resposta à realidade daqueles tempos, na qual os pequenos trabalhadores puderam ter acesso à escolarização e defesa de seus interesses.

No começo dos anos 80, surgiu um semi-internato que evoluiu até se converter no atual “Projeto Criança e Adolescente Feliz”.

Nos anos 90 foi construído o Centro Profissional Dom Bosco, uma continuação das pequenas oficinas que instruíram muitos jovens nas décadas anteriores.

A formação recebida no Centro Profissional assegura aos jovens maiores oportunidades de trabalho dentro e fora de Corumbá, garantindo a plena execução da cidadania.

A Cidade Dom Bosco é reconhecida como campo missionário e obra social de grande valor e sucesso no combate a pobreza nacional e internacionalmente.

O ano de 1992 foi marcado pela aposentadoria do padre como servidor estadual.

Seu falecimento ocorreu no dia 13 de março de 2013, em decorrência de uma parada cardíaca.

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Para mais informações sobre a vida e obra do Pe. Saksida clique aqui.

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